woensdag 4 september 2013

"Tempos de infância"



Oh saudade da infância lá na minha cidade. O sabor de jabuticaba pêga no pé. As mangueiras com as mangas mais deliciosas da face da terra. As subidas nos pés de goiabas vermelhas, as preferidas. O abacateiro situado bem em frente a nossa casinha/barracão. Os banhos de mangueira. Oh delícia!

Pés no chão, cachorros vira-lata latindo, as broncas e gritos da nossa querida avó. As galinhas que vez ou outra, iam parar no nossos pratos. Os docinhos de leite feito por essa dama linda na nossa vida: vovó Noemi! Os encontros da família toda numa tarde ensolarada. Os teatros infantis que produziamos com muito amor. O prazer em encostar o dedo na árvore, no meio do jardim, que soltava um mel.

O parabéns cantado com gosto por cada um de nós. O pedaço do bolo feito pelas mãos suaves da tia Clementina.
Sem falar da Maria, a outra tia generosa que a vida nos presenteou.

As mangueiras não existem mais, as goiabeiras foram substituidas por um grande estacionamento. O abacateiro foi cortado, e se foi. O galinheiro deu lugar ao cimento, a pedra bruta. Os cachorros já há anos não se ouvem mais...
Vovó partiu para uma outra dimensão, carimbando de vez as boas lembranças guardadas em nossas mentes. Tia Clementina deixou saudade na memória das sua pura afinidade com a culinária, e a sua delicadeza em saber servir bem. Tia Maria faleceu velhinha, brotou alegrias nos nossos corações.

Ah não posso esquecer do herói da família. Aquele que sempre trabalhou em função dos filhos e netos. Esse senhor deixava de viajar, economiza nas compras pessoais, sempre pensando na sua prole. No prazer a oferecer para o seu semelhante. O grande cara: Sr. Júlio Murta. A quem devemos o que somos hoje, como pessoas de caráter, e que souberam reconhecer todo o investimento entregue a cada um de nós.

Poderia ficar horas falando da minha infância, mas prefiro reverter as palavras para o livro do qual estou escrevendo. Será um romance em 3 fases, numa trilogia. Nele trabalho a ficção misturada a realidade. Antes do meus 50 anos pretendo, se Deus quiser, pretendo publicá-los. Nesse meio tempo, venha cutir o meu blog, construido entre emoção, contos e poesias. E jamais posso esquecer da nossa adorável jabuticabeira, ela ainda está la, porém velhinha e pequenininha. Essa não arreda o pé do quintal nem por decreto... E se ela escutasse e falasse? Poderíamos saber muitas histórias vividas num tempo que não volta mais...

3 opmerkingen:

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  2. Nossa, eu já estou curiosa e louca para ler o seu livro. Bem, enquanto vou curtindo o seu blog que é lindo. Beijos

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  3. gostoso de ler, o texto flui, como se estivesse mesmo sendo escrito com o coraçao e nao com as maos. Lindo demais. e essa foto das meninas pequenas, que lindas! Também estou curiosa para ler seu livro, tenho certeza que vai ser um sucesso! Beijinhos

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